Categoria wellness no fisiculturismo: Saiba tudo aqui!

Diogo Círico 09/09/2018

Já conhece o Wellness? Conhecida como a modalidade em que as competidoras são “menos saradas”, a categoria Wellness é uma das mais populares no fisiculturismo feminino brasileiro, tanto entre o público como entre as competidoras.

Nessa modalidade, o foco não é um corpo tão musculoso e atlético como o de outras categorias do bodybuilding. A ideia é atender um visual esteticamente agradável em relação aos padrões de beleza femininos.

Neste artigo, vamos explicar melhor como funciona a categoria Wellness de fisiculturismo, quais as principais regras e como as atletas são avaliadas. Confira!

Sumário

Como funciona a categoria Wellness de fisiculturismo?

A categoria Wellness é voltada para mulheres que pensam em desenvolver o corpo e alcançar um padrão de baixa gordura e medidas proporcionais, com curvas e traços femininos.

É uma categoria que foi introduzida em competições no Brasil a partir de 2005 e sempre chamou tanto a atenção do público como a de potenciais competidoras, se tornando uma das mais buscadas no fisiculturismo feminino.

A palavra Wellness pode ser traduzida como “bem-estar” para o português. A ideia aqui é cuidar do corpo sem exageros, mantendo uma silhueta com cintura fina e os membros inferiores levemente desproporcionais em relação ao tronco.

Mas isso não quer dizer que o trabalho de quem compete na categoria Wellness é fácil: além de ser preciso uma dieta e treinos regulares, para disputar campeonatos é necessário se atentar a diversos outros critérios, como beleza facial, maquiagem, cabelo e preservação da feminilidade.

Quais são as principais regras para Wellness?

A categoria Wellness é dividida em subcategorias de acordo com a altura das mulheres que estão na disputa. Usualmente são cinco delas nas competições da IFBB (International Federation of Bodybuilding and Fitness): até 158 centímetros; até 163 centímetros; até 168 centímetros; acima de 168 centímetros e uma versão master única, para mulheres com mais de 35 anos.

A disputa é feita em dois rounds. O primeiro consiste no quarto de voltas e o segundo é formado pelo T-walking e mais um quarto de voltas.

A vestimenta para todas as etapas é o biquíni de duas peças, que deve cobrir no mínimo ⅓ do glúteo e toda a virilha. Além disso, saltos altos a altura de 10 mm na frente e 120 mm atrás. Não são permitidos saltos com plataforma.

No primeiro round, as competidoras entram no palco em grupos de até cinco e realizam o quarto de voltas, que é uma pose com o perfil esquerdo, uma pose de costas, uma pose com o perfil direito e uma pose de frente.

No segundo round, as 6 finalistas são chamadas ao palco e realizam a caminhada em T, ou T-walking. Nela, a competidora caminha até o centro do palco e faz uma pose de frente. Depois disso, vai até a direita por cerca de 5 metros e faz uma nova pose.

Por fim, anda aproximadamente 10 metros para o outro lado e faz mais uma pose. Depois disso, retorna para os bastidores do palco.

Após a caminhada em T, é feita uma nova rodada de quarto de voltas.

Como são feitas as avaliações durante uma competição?

Os árbitros preenchem formulários com a classificação individual de cada competidora e registram também suas notas, levando em consideração critérios como: simpatia, beleza facial, tom de pele bronzeado e uniforme, simetria e proporção do corpo, cabelo, maquiagem e preservação da feminilidade.

Na categoria wellness, a aparência das competidoras deve ser saudável e sem gordura corporal excessiva, mas isso não significa que o corpo deve ser magro demais ou muito musculoso.

É importante que o físico da atleta não apresente muita separação entre os grupos musculares e definição. Quando isso ocorrer, ela deve ser despontuada.

O tom de pele deve ser de uma aparência saudável e sem estrias, celulite ou marcas significativas. O rosto, cabelo e maquiagem devem completar a apresentação da atleta e estar de acordo com os padrões de beleza da competição.

Joias e tatuagens são permitidas mas, se consideradas de mal gosto pelos árbitros, podem causar uma baixa pontuação ou até a eliminação da competidora.

Quais as atletas mais populares da Wellness?

A categoria Wellness é muito popular e existem várias atletas que se destacam nas competições e fora delas, com perfis em redes sociais que acumulam milhares de seguidores.

Um dos maiores nomes da Wellness é Aline Barreto, 10 vezes campeã brasileira e 2 vezes vencedora do Arnold Classic Brasil. Priscila Scapini, que é musa da escola de samba Unidos da Vila Isabel também foi campeã brasileira e é referência na categoria.

Como a Wellness por enquanto só existe no Brasil, não existe nenhuma estrangeira que se destaca na categoria.

Por que essa categoria é tão popular entre as fisiculturistas?

Existem duas principais razões que justificam a popularidade da Wellness entre as fisiculturistas. A primeira delas é o público maior: por não forçar o corpo para volumes musculosos que fogem do padrão de beleza feminino imposto pela sociedade, a aparência das atletas dessa modalidade é esteticamente melhor aceita e cativa mais pessoas.

Essa audiência maior faz com que muitas atletas busquem a wellness pela visibilidade ampliada.

E a segunda razão é que em outras categorias de fisiculturismo é preciso atingir uma proporção de membros superiores e inferiores que é menos natural para a anatomia feminina padrão. Na Wellness, o desenvolvimento de coxas e glúteos é mais valorizado e muitas mulheres já treinam com o objetivo de aprimorar a região.

Como se tornar uma atleta Wellness?

Como em qualquer categoria de fisiculturismo, o principal desafio para quem quer se aventurar no Wellness é muito maior do que apenas treinar bastante. É preciso saber como treinar certo.

Erros nos programas de musculação e suplementação podem gerar resultados indesejados e fazer com que mesmo uma atleta muito esforçada não consiga competir nos padrões da wellness. É fundamental contar com o suporte de especialistas em nutrição esportiva e educação física para evoluir com esse objetivo.

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Diogo Círico

Diogo Círico

Nutricionista

Graduado em nutrição em 2007 pela Faculdade Assis Gurgacz, pós-graduação em Nutrição e Atividade Física - 2012, pós-graduação em Nutrição Funcional Esportiva - 2017, desde o inicio buscou destinar suas atividades à nutrição esportiva e também a área de tecnologia de alimentos. À frente das ações técnicas da industria Growth Supplements desde sua criação, já somam-se mais de 10 anos de dedicação, trabalho e pesquisas laboratoriais no desenvolvimento de novos produtos. Hoje suas ações como nutricionista dividem-se entre assessoraria de alguns atletas patrocinados pela Growth Supplements, redação de material técnico cientifico como estes disponíveis no blog GSuplementos e também na liderança da equipe de técnica Growth Supplements . Diogo Cirico; Nutricionista esportivo CRN 10 - 2067