Resistência à insulina: o que é e como pode atrapalhar o emagrecimento?

Diogo Círico 07/05/2019

Um dos hormônios mais conhecidos e com importante função em nosso corpo, a insulina é responsável pela condução da glicose até o interior das células, gerando mais energia. A produção desse hormônio pelo pâncreas em níveis normais ajuda a regular a quantidade de glicose no sangue e evita problemas de saúde, como a diabetes.

Existe um outro problema relacionado aos níveis alterados de insulina no organismo que também precisa ser acompanhado com atenção: a resistência ao hormônio. Você sabe o que é, como ocorre e por que pode ser um obstáculo para o seu emagrecimento? Neste post, esclarecemos as dúvidas mais comuns sobre a resistência à insulina. Continue a leitura e saiba mais!

O que é a resistência à insulina?

A resistência à insulina ocorre quando as células do organismo não permitem que o hormônio cumpra o papel de controlar a glicose no sangue. O pâncreas começa a produzir quantidades ainda maiores para tentar suprir a nova demanda — o problema é que nem sempre isso é suficiente. A partir disso, podem surgir alguns cenários:

  • a quantidade de insulina no organismo é excessiva, gerando uma hiperinsulinemia;
  • a quantidade de glicose no organismo é acentuada, o que pode levar ao surgimento da diabetes;
  • nenhuma dessas substâncias consegue cumprir suas devidas funções no organismo.

Quando essa dificuldade é detectada, é preciso tomar ações para tentar freá-la. Com o passar do tempo, as células do organismo se tornam cada vez mais resistentes à insulina e o pâncreas pode sofrer danos pela atividade além dos limites que ele pode suportar. Isso tudo gera doenças e até pode levar à necessidade de um transplante.

Para mulheres, o cuidado deve ser redobrado: essa alteração pode provocar ou agravar a Síndrome do Ovário Policístico (SOP), já que o excesso de insulina contribui para o aumento da produção de hormônios masculinos.

As causas

Tanto a predisposição genética quanto a adoção de hábitos menos saudáveis podem levar ao desenvolvimento de uma resistência insulínica. Pessoas com obesidade e uma dieta rica em carboidratos e açúcares, ou que não praticam exercícios físicos com regularidade, estão mais propensas a terem esse problema.

Os sintomas

Não é possível saber se você desenvolveu a resistência à insulina apenas por sintomas. Essa condição costuma ser silenciosa e identificável apenas com a realização de exames. Alguns sinais são o escurecimento de regiões de dobras (pescoço, joelhos e axilas, por exemplo), conhecida como Acantose Nigricans; pequenas elevações na pele, semelhantes a verrugas (acrocórdons) ou relatos de dificuldade para emagrecer.

Esse problema atrapalha o emagrecimento?

Quando a insulina presente no seu corpo não consegue retirar boa parte da glicose da circulação sanguínea, as células não recebem energia suficiente para manter o organismo em pleno funcionamento. Veja como essa resistência hormonal pode afetar o seu processo de emagrecimento!

Aumento do tecido adiposo

Como as células param de utilizar a glicose que está no seu sangue, o destino dela é apenas um: o acúmulo em forma de gordura, também conhecido como lipogênese. Essa gordura se une a toda aquela consumida durante as refeições. Com isso, a possibilidade de engordar torna-se progressivamente maior.

Elevação de outras taxas

Caso não haja um controle da resistência insulínica, a longo prazo podem ser identificadas elevações dos níveis de colesterol e triglicérides. Todos esses problemas associados geram a Síndrome Metabólica, que também dificulta o emagrecimento e deixa seu corpo mais suscetível a doenças cardiovasculares.

Baixa resistência

As células musculares também são comprometidas com a falta de glicose: se não há energia suficiente para que executem suas funções, a consequência é a diminuição da resistência e uma fadiga excessiva. Você terá muita dificuldade de manter resultados e de ir à academia para praticar exercícios.

Como diagnosticar a resistência à insulina?

A falta de sintomas específicos não permite um diagnóstico sem a realização de exames laboratoriais, que devem ser analisados em conjunto para uma conclusão mais completa. Dentre as análises pedidas pelo médico endocrinologista estão:

  • o HOMA-IR, que utiliza valores padrão de glicemia e insulina, em jejum, durante uma constante de tempo para saber qual o seu nível de resistência insulínica;
  • o teste de curva glicêmica, em que o paciente faz a ingestão de diversas dosagens de glicose por um período de tempo para verificar como será a reação do pâncreas e da insulina no organismo;
  • o lipidograma, para verificar o nível de todos os tipos de colesterol e dos triglicerídeos;
  • em alguns casos, também pode ser solicitado um ultrassom total de abdômen para verificar a presença de gordura depositada no fígado, conhecido como esteatose hepática.

Quais são os tratamentos mais adequados?

A boa notícia é que a resistência à insulina pode ser minimizada com a adoção de hábitos mais saudáveis — nada que seja muito difícil de seguir. Essas mudanças vão ajudar tanto a minimizar esse problema específico quanto para diminuir os índices de gordura.

Em primeiro lugar, é preciso reduzir a ingestão de alimentos que provocam um aumento rápido da glicose no organismo. Alguns exemplos são pães e bolos produzidos com farinha de trigo branca, batatas e doces, pois eles também geram picos de produção de insulina. Insira nas suas refeições os cereais integrais, leite e iogurtes, além de vegetais mais fibrosos, que dão mais saciedade e reduzem os problemas relacionados à resistência hormonal.

Outra recomendação médica para o tratamento é a prática de exercícios, principalmente musculação, para intensificar o metabolismo e a atuação das células. Conte com a ajuda de um educador físico para elaborar um treino completo, que respeita as suas limitações e capacidade, além de trabalhar diferentes partes do seu corpo.

A resistência à insulina traz prejuízos ao funcionamento do seu organismo. É importante destacar que, com a mudança de estilo de vida e acompanhamento médico, é possível controlar esse problema e voltar a atingir seus objetivos de emagrecimento de forma saudável.

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Diogo Círico

Diogo Círico

Nutricionista

Graduado em nutrição em 2007 pela Faculdade Assis Gurgacz, pós-graduação em Nutrição e Atividade Física - 2012, pós-graduação em Nutrição Funcional Esportiva - 2017, desde o inicio buscou destinar suas atividades à nutrição esportiva e também a área de tecnologia de alimentos. À frente das ações técnicas da industria Growth Supplements desde sua criação, já somam-se mais de 10 anos de dedicação, trabalho e pesquisas laboratoriais no desenvolvimento de novos produtos. Hoje suas ações como nutricionista dividem-se entre assessoraria de alguns atletas patrocinados pela Growth Supplements, redação de material técnico cientifico como estes disponíveis no blog GSuplementos e também na liderança da equipe de técnica Growth Supplements . Diogo Cirico; Nutricionista esportivo CRN 10 - 2067