Lesão por esforço repetitivo no esporte: o que você precisa saber!

Diogo Círico 10/01/2020

A lesão por esforço repetitivo no esporte é muito mais comum do que se imagina. O treino excessivo aliado à execução incorreta dos exercícios pode causar problemas graves, que afetam os movimentos e até mesmo o desenvolvimento durante o treino.

Ela acontece, em grande parte, porque é muito comum pessoas treinarem sem nenhum tipo de orientação. Assim, utilizam cargas erradas e realizam as atividades de forma inadequadas, aumentando o risco de lesões.

Alguns fatores contribuem ainda mais para o desenvolvimento deste problema. Pensando em ajudar você a evitar a lesão por esforço repetitivo no esporte, preparamos este artigo com dicas de prevenção e alguns cuidados fundamentais na hora do treino e até mesmo no seu dia a dia. Confira!

O que são e como ocorrem as lesões por esforço repetitivo

A lesão por esforço repetitivo, ou simplesmente LER, é uma síndrome formada por diversos problemas de saúde, tais como tendinite, bursite, dedo em gatilho etc. Por isso, a LER é considerada uma doença ocupacional.

Ela também é chama de Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT),  ou Lesão por Trauma Cumulativo (LTC), ou síndrome dos movimentos repetitivos, a Lesão por esforço repetitivo é causada por diversos mecanismo de agressão, que vão desde o uso excessivo de certa região, como as mãos no caso de quem digita muito, ou que exigem muita força para sua execução, postura errada e estresse.

Para explicar como a lesão por esforço repetitivo acontece vamos imaginar que uma pessoa trabalhe digitando o dia todo, ela diariamente repete os mesmos movimentos. Se os músculos da região das mãos forem fracos, as articulações sofrem mais, pois o impacto sobre elas é maior. Dessa forma, o risco de lesão nessa região é maior.

A lesão simplesmente acontece porque os músculos daquela pessoa são fracos para aquele movimento, frequência, intensidade e grau. O principal sintoma da LER será, portanto, a dor e a inflamação da região afetada, o que, inevitavelmente, impacta na capacidade funcional do local.

No entanto, alguns outros sintomas podem aparecer como formigamento, dormência, sensação de montada nos músculos, inchaço e dificuldades para realizar movimentos comuns. Isso porque, a LER afeta os músculos, nervos, ligamentos e tendões. Por isso, é preciso ter bastante atenção para evitar que a síndrome progrida de maneira grave e comprometa outras atividades.

Alguns fatores podem contribuir para o desenvolvimento desse distúrbio, tais como trabalhos com movimentos repetitivos, por exemplo, motoristas, pessoas que trabalham com digitação, ou até mesmo treinando. Esse tipo de lesão está relacionado à atividades diárias. A seguir explicaremos quais são os riscos de lesão por esforço repetitivo no esporte. Confira!

Lesão por esforço repetitivo no esporte: como se prevenir

As atividades esportivas que têm relação com a lesão por esforço repetitiva, no geral, são aquelas de contato físico. Portanto, corrida, natação, ciclismo, vôlei e tênis, raramente causam LER, pois o grau de contato e exigência de uma mesma região muscular é menor.

A lesão por esforço repetitivo no esporte acontece pelo excesso de movimento repetitivo combinado com técnica incorreta e desequilíbrios musculares. Por isso, é muito importante ter um acompanhamento de um profissional de educação física que oriente sobre a forma correta de execução dos exercícios e corrija os erros.

Já em relação aos desequilíbrios musculares, uma saída é fazer a avaliação de isocinética. Ela analisa a força da musculatura do paciente e compara os lados direitos e esquerdo para identificar quais áreas são mais fracas e necessitam de maior estímulo. Essa avaliação também compra os músculos agonistas e antagonistas — aqueles que executam movimentos em sentidos contrários ao serem contraídos.

O diagnóstico da LER deve ser realizado por um médico, ou seja, se você sente dores frequentes em uma determinada região é fundamental procurar um profissional. Porém, o mais importante é identificar a causa dessa lesão para que seja possível eleger o tratamento mais adequado.

Muitas pessoas sofrem de lesão por esforço repetitivo no esporte por treinarem excessivamente. Um indivíduo não crescer mais por executar mais vezes do que deveria um exercício, pelo contrário ele vai prejudicar o seu desenvolvimento, porque durante o treino estamos lesionando as células, se elas são mais agredidas do que o necessários, elas não conseguem se recuperar.

Por isso, o ideal é sempre fazer seguir um programa de treinamento com o volume e a intensidade correta. Em muitos casos, mais carga pode significar menos crescimento. Principalmente iniciantes, tendem a entenderem que quanto mais eles trabalharem o músculo, maior será o seu desenvolvimento, e isso não necessariamente é uma verdade.

O que causa a hipertrofia é a execução correta dos exercícios para agredir as células na quantidade correta para que se recuperem e se multipliquem. Para se prevenir ainda é ideal criar dias de descanso entre o seu treino, para que o corpo possa relaxar e se restaurar antes de iniciar um novo ciclo.

Dicas para evitar lesões por esforço repetitivo

A boa notícia é que a lesão por esforço repetitivo no esporte ou em outras áreas pode ser facilmente prevenida com alguns cuidados básicos. O tipo mais comum de LER acontece devido ao uso excessivo de computadores, smartphones e tablets ou treino excessivo.

Dicas simples para evitar esse tipo de problema são:

Evite colocar muita tensão sobre os ombros enquanto digita para que essa região não sofra um estresse desnecessário. Da mesma forma, sente na posição correta, lembre-se que as costas precisam ficar retas, encoste na cadeira e se possível a ajuste para melhor se encaixar ao seu corpo.

Durante a digitação, os dedos e os punhos precisam estar alinhados. Os cotovelos e os braços, por sua vez, devem permanecer ao lado do corpo e é recomendado que eles formem um ângulo de 90º, para ter uma maior estabilidade na hora de realizar movimentos.

Na hora de treinar, fique atento a quantidade de carga utilizada. Em alguns casos é possível fazer uma carga de 20 kg ser mais pesada do que a 30 kg, se a execução do exercício estiver correta. Também lembre-se de que não é necessária exceder no número de repetições, pois não fará o músculo crescer mais.

Em alguns casos, também é possível utilizar compressas frias para aliviar a dor na região, uma vez que a água fria é um anti-inflamatório natural. Só fique atento para não mascarar os sintomas.

Por fim, faça pausas regulares seja no trabalho ou na academia, estique o corpo, ande um pouco. O ideal é que a cada meia hora, você se levante e faça uma pequena caminhada, pode ser para beber água ou ir ao banheiro, assim você alivia a tensão nos músculos e evita problemas de lesões.

Na maioria dos casos a lesão por esforço repetitivo no esporte acontece por descuido do praticante. Por isso, fique atento às orientações do seu técnico, não tente forçar o seu músculo mais do que o necessário. Além disso, uma alimentação equilibrada e a ingestão mínima de 2 litros de água também pode ajudar na prevenção.

Agora que você já sabe como se prevenir da lesão por esforço repetitivo no esporte. Confira outro artigo nosso sobre fadiga adrenal e entenda porque isso é um mito.

 

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    Diogo Círico

    Diogo Círico

    Nutricionista

    Graduado em nutrição em 2007 pela Faculdade Assis Gurgacz, pós-graduação em Nutrição e Atividade Física - 2012, pós-graduação em Nutrição Funcional Esportiva - 2017, desde o inicio buscou destinar suas atividades à nutrição esportiva e também a área de tecnologia de alimentos. À frente das ações técnicas da industria Growth Supplements desde sua criação, já somam-se mais de 10 anos de dedicação, trabalho e pesquisas laboratoriais no desenvolvimento de novos produtos.Hoje suas ações como nutricionista dividem-se entre assessoraria de alguns atletas patrocinados pela Growth Supplements, redação de material técnico cientifico como estes disponíveis no blog GSuplementos e também na liderança da equipe de técnica Growth Supplements .Diogo Cirico; Nutricionista esportivo CRN 10 - 2067