Deficiência de proteína: Como identificar e tratar?
É muito comum ouvirmos falar a respeito de carências de vitaminas ou minerais no organismo. No entanto, o corpo precisa também de macronutrientes para manter o seu bom funcionamento. Assim, a deficiência de proteína é uma condição que traz sérios prejuízos, sendo fundamental preveni-la e tratá-la.
Uma alimentação insuficiente ou com baixa ingestão de proteínas pode provocar esse quadro. Ele também ocorre em função de algumas condições pré-existentes, como distúrbios gastrointestinais.
Continue a leitura e conheça as consequências da falta de proteínas no corpo humano, os sintomas que isso provoca e algumas alternativas para reverter o quadro e suprir as necessidades do organismo.
- Quais são as consequências da deficiência de proteína?
- Quais são os principais sintomas da deficiência de proteína?
- Como tratar a deficiência de proteína?
Quais são as consequências da deficiência de proteína?
A deficiência de proteína também pode ser chamada de Deficiência Energético-Proteica (DEP) ou Proteico-Energética (DPE). Ocorre quando o organismo não recebe a quantidade suficiente de proteínas para manter a saúde dos tecidos e o funcionamento adequado dos órgãos e sistemas.
Essa condição pode ser repentina, ser gradual ou total, variando em gravidade e recebendo a classificação leve, moderada ou grave. Ela é calculada com base no percentual do peso em relação à altura da pessoa. São utilizados padrões internacionais para o cálculo desse índice, sendo:
- normal: de 90 a 110%;
- leve: de 85 a 90%;
- moderada: de 75 a 85%;
- grave: menor que 75%.
Além disso, existem dois tipos de deficiência de proteína: a primária e a secundária. O primeiro caso ocorre em razão da ingestão inadequada de nutrientes. O segundo é uma consequência de distúrbios orgânicos ou da ingestão de medicamentos que prejudicam a absorção e a utilização dos nutrientes.
Em ambos os casos, a DEP traz consequências negativas para o organismo, que variam conforme a gravidade do quadro. Quando ele é mais leve, ocorrem deficiências subclínicas, podendo evoluir para a fraqueza absoluta. Manifesta, também, efeitos como:
- perda de cabelo;
- atrofia da pele;
- atrofia muscular.
Além de prejudicar o funcionamento de órgãos e sistemas, conforme explicado. Qualquer pessoa pode apresentar deficiência de proteína quando não mantém uma alimentação balanceada ou está sob condições que favorecem a DEP, como:
- insuficiência pancreática;
- doença de Milroy;
- enterite;
- falência renal;
- câncer;
- hipertireoidismo;
- distúrbios endócrinos.
Quadros de infecção, período pós-cirúrgico, bem como doenças críticas também acarretam a deficiência. Em países desenvolvidos, ela é comum em pessoas idosas institucionalizadas e pacientes com distúrbios que reduzem o apetite, dificultam a digestão, a absorção dos nutrientes ou seu metabolismo.
Já nos países em desenvolvimento, é mais comum em crianças que não têm acesso à quantidade suficiente de calorias e proteínas por meio da alimentação, gerando quadro de desnutrição. Ainda na infância e em pessoas idosas, também ocorre em função de maus tratos.
Quais são os principais sintomas da deficiência de proteína?
Um dos principais sintomas da deficiência de proteínas, e que pode ser percebido em seus diferentes graus, é a perda de massa muscular e gordura. A musculatura atrofia e, com isso, os ossos se tornam mais salientes. Há um emagrecimento significativo.
Podemos perceber manifestações de deficiência de proteína de acordo com alguns sinais. No primeiro, elas ocorrem em todo o organismo ou afetam especificamente alguns órgãos e sistemas. Ela é marcada por sintomas como:
- fraqueza;
- redução da capacidade de trabalho;
- alterações cognitivas;
- diarreia;
- amenorreia (em mulheres);
- perda da libido;
- dificuldade de cicatrização.
Em pessoas idosas com deficiência de proteína, há um risco aumentado para fraturas, principalmente no quadril, bem como maior suscetibilidade para úlceras, no caso daqueles acamados. Já a deficiência de proteína grave ou crônica provoca prejuízos mais expressivos para o organismo, sendo:
- redução da frequência cardíaca;
- queda da pressão arterial;
- deficiência respiratória;
- redução da capacidade vital;
- diminuição da temperatura corporal;
- anemia;
- edema;
- icterícia;
- falência renal e/ou hepática.
A pele e os cabelos são muito afetados pela deficiência de proteína. Os fios ficam ressecados, esparsos e caem facilmente. A cútis fica ressecada, mais fina, pálida e fria, perde a sua elasticidade, podendo sofrer hiperpigmentação, fissuras, atrofiamento e enrugamento.
No caso das crianças com DEP primária crônica, ela se manifesta como marasmo ou Kwashiorkor (desnutrição proteica). Em ambos os casos, o sistema imunológico é prejudicado, aumentando a susceptibilidade para infecções, além de trazer prejuízos para o desenvolvimento de modo geral.
A deficiência de proteína provoca, ainda, sintomas psicológicos e comportamentais. A pessoa pode manifestar apatia e irritabilidade, quadros muito comuns nessa condição. Ainda, a consciência pode ser afetada.
Como tratar a deficiência de proteína?
O tratamento da deficiência de proteína varia de acordo com a intensidade de cada caso. Os quadros mais leves e moderados podem ser revertidos por meio da ingestão de alimentação oral rica nesse macronutriente. Quando o indivíduo apresenta diarreia persistente, pode ser necessário evitar a lactose em função de possível intolerância.
Em quadros mais graves, além da dieta controlada, pode ser preciso o tratamento hospitalar. Isso porque alguns indivíduos desenvolvem infecções ou necessitam da alimentação via sonda, em função da dificuldade para engolir.
Além da alimentação balanceada, a ingestão de suplementos é uma abordagem muito eficaz para tratar a deficiência de proteína. Esse complemento também pode ser adotado como uma forma de prevenir a falta do nutriente.
Aqueles que não conseguem obter a quantidade necessária de proteínas por meio dos alimentos, bem como quem pratica atividades físicas intensas e precisa de uma boa recuperação e reconstrução muscular, se beneficiam com a suplementação.
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NutricionistaTexto produzido pela equipe da Growth Supplements com supervisão do nutricionista Diogo Círico (CRN 10 – 2067).