Adoçantes artificiais: 3 razões para evitá-los

Diogo Círico 18/06/2018

Conhecidos principalmente como uma forma menos calórica de consumir algo doce, mas com menos calorias, os adoçantes artificiais, de acordo com vários estudos e pesquisas, não são tão benéficos assim.

Inclusive, um estudo realizado com cerca de três mil pessoas examinou a relação de longo prazo entre consumir bebidas à base de adoçante e o aumento de peso. Os participantes foram acompanhados por quase oito anos e todos tiveram seus pesos monitorados. Após esse período, a iniciativa mostrou que todos aqueles que consumiram bebidas açucaradas artificialmente apresentaram um aumento de IMC de 47% a mais do que aqueles que não fizeram.

Diante desse cenário, reunimos três razões para evitar os adoçantes artificiais. Confira!

Entenda o que são adoçantes artificiais

Os adoçantes artificiais têm recebido bastante procura por parte da população. Isso porque são vendidos, principalmente, para melhorar a saúde e manter a boa forma corporal. Eles são constituídos pelo edulcorante, responsável por conferir o sabor doce. Por esse motivo, são amplamente recomendados para dietas especiais, seja para quem deseja emagrecer ou para as pessoas que possuem restrição de açúcar, como os diabéticos.

Contudo, o adoçante  possui um limite de digestão diária, que é recomendado pela Organização Mundial de Saúde. Esse limite deve ser respeitado por conta dos efeitos colaterais à saúde, como dores de cabeça, perda de humor e diarreia.

Veja quais são os motivos para evitar o adoçante artificial

Agora que você entendeu o que é o adoçante artificial e os estudos acerca do assunto que indicam seus efeitos negativos no organismo, veja também as três razões para evitar seu consumo diário.

1. Favorece o ganho de peso

A primeira razão para evitar os adoçantes artificiais pode parecer contraditória para muitas pessoas. Entretanto, como esse é um produto químico, ele faz com que nosso organismo estresse e libere um hormônio protetor, o famoso cortisol.

O grande problema, é que, quando há o aumento de cortisol em grande quantidade, geralmente durante situações de estresse, há também o acréscimo de gordura corporal. É por isso que acumulamos gordura, mas não temos nenhum motivo aparente. É por esse mesmo motivo que muitos médicos falam que o estresse engorda.

Outro ponto que merece atenção é que as células do nosso corpo não reconhecem o adoçante como glicose. Sendo assim, é normal que, na próxima refeição, exista o aumento na ingestão de carboidratos, como pão, bolachas e macarrão. Ou seja, a pessoa acaba comendo mais do que deveria e sem necessidade.

2. Prejudica a saúde dos dentes

As preparações de alimentos com menos açúcar são ideais para as crianças, principalmente no que diz respeito à saúde dental. Contudo, vários adoçantes artificias contêm sacarose, componente que incentiva a decomposição dentária. Inclusive, ao contrário do açúcar, os adoçantes não são fermentados pela microflora da placa dental.

Consequentemente, ele causa problemas comuns nos dentes, como as cáries. Por conta desse efeito nocivo, muitos médicos recomendam até mesmo remédios sem açúcar para evitar esse dano.

3. Provoca danos à natureza

Além dos efeitos negativos no corpo, os adoçantes artificiais geram danos graves à natureza. O aspartame, por exemplo, que é usado em refrigerantes dietéticos, é feito por fermentação de milho e soja. Elas são as duas maiores culturas de engenharia genética nos Estados Unidos. Dessa forma, os ambientalistas se preocupam com o fato de que tal manipulação com a natureza traga resultados desastrosos na estrada.

Além disso, a sucralose, outra alternativa comum ao açúcar, também pode causar problemas. Um estudo publicado em 2013 por pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte (UNC) descobriu que a maioria da sucralose que é utilizada no mundo inteiro acaba no Gulf Stream. Ele é a corrente oceânica em movimento rápido que inicia no Golfo do México e flui para o Oceano Atlântico.

Saiba como substituir os adoçantes artificiais

Por não serem tão saudáveis como parecem, os adoçantes artificiais podem ser facilmente substituídos por opções naturais e até melhores do que o açúcar. Dessa forma, a sua dieta será bem mais rica e menos prejudicial à sua saúde e à natureza.

Açúcar de coco

O açúcar de coco tem um grande potencial como natural, por isso é uma ótima alternativa, inclusive mais barata, para substituir os adoçantes artificiais. Ele é obtido por meio da seiva encontrada dentro do coqueiro. Para obtê-lo, basta fazer um corte na flor do coqueiro. A seiva passa por um processo de aquecimento e é desidratada pelo calor, resultando em cristais naturais que são usados para adoçar os alimentos.

O açúcar de coco também conta com nutrientes importantes para compor o organismo, como vitaminas do complexo B e minerais. Além disso, a fibra inulina é um dos componentes mais importante desse açúcar. Ela reduz o índice glicêmico do alimento, pois faz com que os carboidratos sejam absorvidos lentamente pelo organismo.

Adoçante Stévia

A stévia é um dos adoçantes naturais mais usados por quem faz reeducação alimentar, pois é caracterizada como um adoçante de baixíssimas calorias. Ela é uma planta nativa da América do Sul e possui dois compostos importantes: esteviosídeo e rebaudiosídeo, que dão o sabor adocicado aos alimentos.

Quando o objetivo é alcançar um peso saudável, a stévia é uma excelente aliada. Por não ser calórica, ela substitui o açúcar de forma eficiente, além disso, auxilia no controle glicêmico.

De acordo com a ANVISA e JECFA (Joint FAO/WHO Expert Committee on Food Additives), a recomendação diária de stévia é de 4 mg/Kg de peso corporal por dia. Se a pessoa pesa 70 kg, por exemplo, ela pode consumir até 108 gotas diariamente.

Portanto, para quem está em busca de uma reeducação alimentar ou até mesmo para controlar a diabetes, substituir os adoçantes artificiais por opções mais naturais é muito benéfico ao organismo. Contudo, é preciso ter atenção às quantidades diárias consumidas, visto que o excesso também pode fazer mal. O ideal é procurar sempre por um médico a fim de que ele indique as melhores opções para as suas necessidades.

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Diogo Círico

Diogo Círico

Nutricionista

Graduado em nutrição em 2007 pela Faculdade Assis Gurgacz, pós-graduação em Nutrição e Atividade Física - 2012, pós-graduação em Nutrição Funcional Esportiva - 2017, desde o inicio buscou destinar suas atividades à nutrição esportiva e também a área de tecnologia de alimentos. À frente das ações técnicas da industria Growth Supplements desde sua criação, já somam-se mais de 10 anos de dedicação, trabalho e pesquisas laboratoriais no desenvolvimento de novos produtos. Hoje suas ações como nutricionista dividem-se entre assessoraria de alguns atletas patrocinados pela Growth Supplements, redação de material técnico cientifico como estes disponíveis no blog GSuplementos e também na liderança da equipe de técnica Growth Supplements . Diogo Cirico; Nutricionista esportivo CRN 10 - 2067